Colômbia concede asilo a opositora de Maduro e ex-funcionária de Chávez
A decisão da Colômbia de conceder asilo diplomático à advogada venezuelana ocorre em meio a crescentes tensões políticas entre os dois países. A ativista denuncia perseguições do regime de Maduro e a falta de um salvo-conduto para deixar a Venezuela.
Asilo Diplomatico na Colômbia
A Colômbia concedeu asilo diplomático à advogada venezuelana María Alejandra Díaz, opositora do regime de Nicolás Maduro, que está refugiada na embaixada colombiana em Caracas desde janeiro.
A decisão foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira (6). O governo do presidente Gustavo Petro concedeu asilo por "motivos políticos".
Díaz afirmou ser "vítima de perseguição" pelo Estado venezuelano. Ela denunciou em suas redes sociais que o regime nega um salvo-conduto para deixar a Venezuela.
Um relatório da ONU destacou um "padrão de perseguição" contra ela. A chancelaria colombiana lamentou a divulgação da informação, mas reafirmou que continuará oferecendo proteção a Díaz.
Díaz, junto com o ex-candidato presidencial Enrique Márquez, apresentou um recurso ao Tribunal Supremo de Justiça para auditar os resultados das eleições de julho de 2024, as quais foram contestadas por evidências de fraude.
Após a divulgação dos resultados, ocorreram protestos reprimidos pela polícia. Segundo a ONG Foro Penal, há mais de 800 presos políticos na Venezuela.
As relações entre Colômbia e Venezuela permanecem ambivalentes. Bogotá não reconheceu a vitória de Maduro, mas mantém canais diplomáticos abertos. Maduro acusa 50 colombianos de serem "mercenários", enquanto a Colômbia pede sua libertação.