Colômbia pede para entrar no banco dos Brics enquanto América Latina se afasta dos EUA
Colômbia busca fortalecer laços com a China ao se candidatar a membro do NBD, desafiando a influência americana na região. O presidente Gustavo Petro destaca planos para projetos estratégicos que conectariam o país ao comércio asiático.
Governo da Colômbia solicita adesão ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), em mais um sinal de afastamento da América Latina dos EUA.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, completou uma visita à China, incluindo um encontro em Xangai com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, chefe do NBD.
Petro anunciou que a Colômbia está disposta a comprar US$ 512 milhões em ações do banco e expressou entusiasmo em conseguir apoio para um projeto de canal ou ferrovia de 120 quilômetros, ligando as costas atlântica e pacífica do país.
A adesão ao NBD visa posicionar a Colômbia no “coração” do comércio entre a América do Sul e a Ásia. A Colômbia se torna o segundo país latino-americano a buscar adesão, após o Uruguai em 2021.
O movimento, no entanto, pode não agradar a Washington. O Departamento de Estado dos EUA manifestou oposição a financiamentos relacionados à Iniciativa do Cinturão e Rota da China na região.
Petro afirmou que a Colômbia não se deixará dissuadir pela pressão americana e reforçou a intenção de manter uma postura neutra em cenários geopolíticos. “Tomamos essa decisão livremente”, concluiu.
Com informações do Estadão Conteúdo. Publicado por Carolina Ferreira