Colômbia planeja aderir ao projeto chinês da Nova Rota da Seda
Gustavo Petro planeja assinar uma carta de intenções para a "Nova Rota da Seda" durante visita a Pequim. A adesão da Colômbia ao projeto chinês poderá depender de uma consulta popular e de negociações sobre o déficit comercial com a China.
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anuncia adesão à “Nova Rota da Seda”
No dia 6 de maio de 2025, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro (Colômbia Humana, esquerda), revelou planos para aderir ao projeto de integração global liderado pela China.
A intenção é assinar uma carta de intenções durante sua visita a Pequim, programada para os dias 12 e 13 de maio. Esta carta não confirmaria a adesão definitiva, que seria debatida em um próximo governo.
Petro mencionou que a decisão passará por uma consulta popular e que discutirá com o presidente chinês, Xi Jinping, a condição de redução do déficit comercial colombiano com a China, atualmente em US$ 14 bilhões anuais.
Ele declarou: “Não quero que a China seja uma produtora de pobreza”. A possível adesão da Colômbia ao projeto seria um movimento geopolítico significativo, aproximando a China de um parceiro comercial importante dos EUA na América do Sul.
A Colômbia, atualmente na presidência rotativa da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, também lidera a 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-América Latina, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará presente.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que não comentará sobre a manifestação de Petro, mas ressaltou que a China está colaborando com a Colômbia para promover o evento.
A “Nova Rota da Seda”, lançada em 2013, é um dos maiores programas econômicos da China, incluindo projetos de infraestrutura em 149 países, dos quais 23 estão na América Latina. A Colômbia pode se tornar o 24º país latino a aderir, enquanto o Brasil não faz parte do projeto.