Colonos israelenses intensificam campanha para expulsar palestinos da Cisjordânia
As tensões na Cisjordânia aumentam após ataques do Hamas e a resposta de Israel, refletindo um cenário complexo de ocupação e colonização. O líder dos colonos, Meir Simcha, justifica a expansão dos assentamentos como uma parte da mudança da dinâmica territorial na região.
Meir Simcha, líder de colonos judeus na Cisjordânia, escolheu se reunir em um local especial ao lado de uma fonte, refletindo sobre sua visão de um momento importante na região.
Ele está à frente de um grupo que ocupa terras no sul de Hebron, na Cisjordânia, região que Israel controla desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Simcha acredita que a recente resposta de Israel ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 marca uma mudança definitiva no controle territorial, afirmando que os palestinos perderam a esperança de permanecer.
A situação na Cisjordânia se deteriorou com incremento da violência por parte de colonos ultranacionalistas, acompanhada por uma repressão militar israelense crescente contra os palestinos, exacerbando a tensão já existente.
O Ocha reporta uma média de quatro ataques de colonos por dia, e a ONU expressou preocupação com práticas de violação de direitos humanos e desapropriação de terras palestinas.
Simcha nega qualquer ataque aos palestinos e defende sua visão de que a terra é destinada aos judeus. Ele projetou crescimento para sua comunidade, já expandida para cerca de 200 pessoas desde o ataque do Hamas.
O movimento de assentamentos judeus na Cisjordânia, que começou há mais de 50 anos, continua a se intensificar sob a liderança de ministros nacionalistas no governo israelense, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich. Eles têm promovido a legalização retroativa de assentamentos e reforçado a presença militar de colonos nas áreas ocupadas.
Enquanto isso, a oposição à ocupação está crescendo em Israel, representada por figuras como Yehuda Shaul, que argumenta que a brutalidade do conflito exige uma solução que respeite a autodeterminação tanto de israelenses quanto de palestinos.
Ao longo de décadas, a complexidade do conflito, enraizada na luta pela terra e pela segurança, continua a influenciar as realidades diárias para ambos os lados, com o dilema da paz frequentemente obscurecido pela violência e pelo desejo de controle territorial.