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Com 9 entre 10 preços mais altos na Argentina, turistas brasileiros evitam vizinhos

A Argentina enfrenta uma queda acentuada no turismo, com uma redução de 25,4% no número de visitantes nos primeiros meses de 2025. Enquanto isso, os argentinos aumentam suas viagens ao exterior, buscando melhores preços, principalmente no Brasil.

A crise do turismo na Argentina está se agravando, com uma queda de 25,4% no número de visitantes nos primeiros quatro meses de 2025. O garçom argentino Alexis Franco lamenta a falta de turistas brasileiros, uma situação reflexiva da atual realidade econômica.

Os argentinos estão viajando mais para o exterior, com um aumento de 67,6%, totalizando 8,4 milhões de viagens. Em abril, o saldo turístico foi negativo em 726,3 mil, com **699,3 mil turistas** recebidos.

Os brasileiros já não estão entre os principais visitantes; apenas **77,6 mil** viajaram à Argentina, uma queda de 18,2%. Em contrapartida, **235,9 mil argentinos** viajaram ao Brasil, um aumento de 59,1%.

Preços nos setores turísticos na Argentina também estão altos. Comerciantes oferecem pacotes a preços de custo, mas ainda não conseguem competir com o Brasil. O governo de Javier Milei revelou em maio uma inflação de 1,5%, o menor índice em cinco anos, mas os preços continuam elevados em dólares.

Uma pesquisa mostrou que 90% dos produtos analisados são mais caros na Argentina do que no Brasil. No setor de alimentos, o Brasil apresenta preços mais baixos em todos os itens. Em bens duráveis, a Argentina é mais cara em 91% dos casos.

O governo argentino também levantou as restrições de compra de dólares e instituiu um novo regime de flutuação cambial. No entanto, a escassez de reservas no banco central continua sendo um desafio. A taxa de câmbio em maio estava 30% abaixo da média histórica, mas com expectativa de melhora devido às exportações de energia e mineração.

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