Com 'anões assustadores', 'Branca de Neve' é filme em 'crise de identidade', diz crítico da BBC
Novo remake da Disney provoca reações polarizadas e críticas por sua abordagem controversa, misturando tradições e inovações. A fusão de elementos clássicos e modernos gera um filme intrigante, mas confuso e inconsistente.
Remake de Branca de Neve em live-action enfrenta forte rejeição
Os remakes em live-action da Disney costumam ser criticados, mas Branca de Neve está recebendo uma hostilidade notável. O original de 1937 é uma obra-prima, e reimaginar essa história clássica gera controvérsia.
A produção foi criticada por suas abordagens políticas: é *progressista demais* (por ter uma atriz colombiana como protagonista) e *não suficiente* (por trazer anões caricatos). As declarações polêmicas de suas estrelas, Rachel Zegler e Gal Gadot, contribuíram para a má publicidade.
Apesar das críticas, o filme não é um fracasso total. Ele é descrito como o mais fascinante dos remakes, misturando uma homenagem clássica com uma releitura revisionista. A história de Branca de Neve se transforma à medida que os produtores tentaram fazer duas versões ao mesmo tempo.
A trama começa com uma sequência subversiva, onde Branca de Neve é nomeada por causa de uma nevasca, e apresenta ideias radicais sobre um reino justo, próximo ao Manifesto Comunista. Em contrapartida, a segunda metade reitera a versão de 1937, com visuais de parque temático e anões em CGI.
As atuações são competentes, mas o filme nunca atinge o charme do original. Vários personagens e tramas são introduzidos sem relevância, como os anões e uma mina mágica. A alternância entre uma narrativa sombria e uma alegre torna a história confusa e sem ritmo.
Embora a produção seja inconsistente, essa crise de identidade torna-a interessante. Contudo, pode não conquistar o público infantil que busca a mágica da Disney.