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Com Brics 'esvaziado' de líderes, Brasil aposta em temas menos polêmicos para o evento

A ausência de líderes de países-chave como Rússia e China levanta questionamentos sobre a relevância da cúpula. Debates devem se concentrar em temas menos polêmicos, como saúde e mudanças climáticas.

Reunião do Brics em risco de esvaziamento ocorre em meio a incertezas sobre a presença de líderes, com ao menos quatro presidentes não confirmados: Rússia, China, Irã e Egito.

Principais temas do encontro incluem parcerias em saúde, regulação de inteligência artificial e controle das mudanças climáticas, com foco em áreas menos polêmicas.

Ausências notáveis: Vladimir Putin (Rússia) deve participar por vídeo devido a mandado de prisão; Xi Jinping (China) será substituído pelo premiê Li Qiang. Masoud Pezeshkian (Irã) não confirmou presença devido a tensões, e Abdel Fattah al-Sisi (Egito) está ausente por conflitos no Oriente Médio.

Líderes confirmados incluem Cyril Ramaphosa (África do Sul), Narendra Modi (Índia) e Prabowo Subianto (Indonésia), que serão recebidos pelo presidente Lula.

Roberto Uebel, professor de relações internacionais, avalia que a relevância do Brics está sendo questionada e que o Brasil ocupará um papel de potência média no evento.

Temas prioritários:

  • Saúde: Parceria para Eliminar Doenças Socialmente Determinadas com foco em vacinas.
  • Inteligência Artificial: Proposta de governança internacional e acesso à tecnologia para o Sul Global.
  • Mudança Climática: Discussões sobre multilateralismo ambiental e governança global inclusiva.

Embora não seja um tema central, a redução do uso do dólar no comércio internacional foi mencionada. Lula defendeu a ideia de uma moeda local do bloco, enquanto Dilma Rousseff enfatizou a necessidade de financiar em moeda local e reduzir a exposição à volatilidade externa.

A reunião de cúpula do Brics começa no domingo, 6, com uma lista oficial de autoridades esperada em breve.

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