Com chegada do TikTok Shop ao Brasil, quem perde e quem ganha com o e-commerce da rede social? Veja as apostas

Chegada do TikTok Shop ao Brasil está prevista para abril, conforme reportado pelo site chinês DBS. É um shopping virtual integrado à popular rede social entre jovens, facilitando vendas online.

A ByteDance, dona do TikTok, não confirma, mas anunciará um grupo restrito de vendedores locais para a estreia. A gestão do e-commerce no Brasil será ligada ao México, onde o serviço já funciona, e será lançada simultaneamente em países como Alemanha, França e Itália. O Japão deve lançar em julho.

Essa nova função abre um canal de vendas significativo. Um sinal é a abertura de vagas relacionadas ao e-commerce, com 41% das ofertas em janeiro segundo o Santander. Algumas marcas já bem estabelecidas no TikTok poderão se beneficiar mais do que outras.

• Setores de vestuário e beleza têm alta exposição.
• Vestuário e calçados seguem, enquanto viagens e produtos para pets têm média atratividade.
• Alimentos e joias estão na lanterna do ranking de exposição.

Ruben Couto, analista do Santander, destaca que a influência e proficiência das marcas na plataforma são críticas para o sucesso. O Grupo Boticário lidera o ranking no setor de beleza, enquanto a Natura e outras marcas estão atrás.

O TikTok Shop pode capturar de 5% a 9% do mercado de e-commerce brasileiro em até três anos, mudando a percepção das marcas. O potencial de compras por impulso é maior do que no e-commerce tradicional.

O TikTok oferece taxas competitivas, começando em 1,8% nos EUA, bem abaixo das práticas de Amazon e Walmart. Os brasileiros gastam em média 50 minutos diários na plataforma, próximo à média mundial.

Couto sugere que players consolidados devem agir rapidamente, como a Amazon nos EUA, que fez parcerias logísticas. Agilidade nas parcerias pode mitigar riscos da nova plataforma.