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Com chinesa GWM, interior de São Paulo se consolida como polo industrial de montadoras asiáticas

A expansão da indústria automotiva no interior paulista marca a ascensão de novas cidades como centros de produção, enquanto o ABC perde sua liderança histórica. Com a chegada da GWM e outras montadoras asiáticas, a região deve aumentar sua capacidade de produção a 650 mil veículos por ano.

São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul perderam o status de principal polo da indústria automotiva em São Paulo.

A nova macrorregião de destaque reúne cidades como Sorocaba, Piracicaba e Itirapina, focando em montadoras asiáticas.

A GWM, montadora chinesa, inaugurará sua linha de produção em Iracemápolis nesta sexta-feira (15). A expectativa é montar 50 mil carros por ano até o fim da década.

A capacidade instalada na região pode atingir 650 mil carros/ano, incluindo motores e transmissões. Comparado, o ABC montará aproximadamente 600 mil veículos anuais em suas plantas.

Outros polos automotivos no interior incluem São José dos Campos e Taubaté, com fábricas da Volkswagen e GM.

Historicamente, a região do ABC foi o centro da montagem de automóveis desde os anos 1950. O grupo Geia, formado sob o governo Juscelino Kubitschek, impulsionou a indústria local.

Fabricantes como Mercedes-Benz, Scania e Toyota estabeleceram-se no ABC. Porém, as cidades do interior começaram a atrair montadoras asiáticas a partir dos anos 1990.

Com incentivos locais e custos mais baixos, montadoras buscaram regiões interiores. A GWM, por exemplo, abrirá 700 vagas e a Toyota, 2.000.

A fábrica adquirida pela GWM era da Mercedes-Benz, com investimento total de R$ 10 bilhões previsto até 2021.

A GWM adotará o método **CKD**, com etapas importantes como pintura e soldagem realizadas no Brasil, contrastando com o **SKD** usado pela BYD em suas operações.

A BYD, também no interior, produz chassis para ônibus elétricos e painéis fotovoltaicos em Campinas.

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