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Com crédito caro, empresas brasileiras captam recursos via fusões e aquisições

Crescimento de fusões e aquisições no Brasil reflete a busca por alternativas financeiras em um cenário de crédito caro e endividamento. Expectativa é de desaceleração nos próximos meses devido a incertezas fiscais e altas taxas de juros.

Empresas brasileiras recorrem a fusões e aquisições em 2024

Em um cenário de crédito caro e endividamento elevado, as empresas do Brasil aumentaram a realização de negócios. As fusões e aquisições cresceram 14,6% nos primeiros cinco meses em comparação a 2023, com 596 negócios fechados.

Os setores mais ativos incluem:

  • Tecnologia: 157 fusões e aquisições
  • Entretenimento e Mídia: 28
  • Serviços de Apoio a Negócios: 27
  • Consumo: 26

Apesar do crescimento no Brasil, a tendência global é de queda, com um declínio de 9% na quantidade de fusões e aquisições mundialmente.

Leonardo Dell'Oso, da PwC, aponta que as dificuldades financeiras das empresas brasileiras impulsionam a consolidação. O alto custo dos empréstimos e a paralisia do mercado de IPOs tornam as fusões e aquisições uma alternativa viável.

As vantagens da combinação incluem mais poder de mercado, acesso a novos mercados e redução de custos. Empresas com valuation mais baixo se tornam alvos atraentes para investidores.

Porém, as incertezas fiscais e a alta taxa Selic afetam o interesse de investidores, com Dell'Oso afirmando que há uma desaceleração na procura e uma hesitação no processo de investimento.

Rodrigo Guedes, da KPMG, complementa que muitas empresas estão em compasso de espera devido às incertezas globais e econômicas brasileiras.

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