Com eleições, centro-direita pode ampliar o poder em Portugal
Portugal escolherá novos deputados em um cenário de fragmentação política, com a coligação de centro-direita AD liderando as intenções de voto. As eleições também refletem mudanças na dinâmica política europeia, em meio ao crescimento de partidos conservadores.
Portugal realiza eleições legislativas neste domingo (18.mai.2025) para escolher um novo Parlamento, um ano após as últimas eleições.
A coligação de centro-direita AD (Aliança Democrática), liderada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, é a favorita nas pesquisas, com 33% das intenções de voto. Seguem-se o PS (Partido Socialista), com 26%, e o Chega, com 17%.
Apesar do favoritismo, a AD pode não alcançar a maioria absoluta de 42%, necessitando negociar para governar. Em 2024, a AD já havia sido vitoriosa, mas governou em minoria, conquistando 79 cadeiras contra 77 do PS.
O PS apresenta queda nas intenções de voto, de 29% em março para 27% em maio de 2025. O cenário em Portugal reflete uma tendência de crescimento de partidos de direita em vários países da UE.
As eleições também ocorrem na Romênia e Polônia, com expectativas semelhantes para a direita. Em Portugal, a escolha será por manter a AD ou optar pela oposição de centro-esquerda.
Luís Montenegro, advogado de 51 anos, é acusado de conflito de interesses. Pedro Nuno Santos, do PS, é economista e assumiu a liderança após a saída de António Costa. André Ventura, líder do Chega, é conhecido por suas posições anti-imigração.
Os eleitores escolherão entre a continuidade da coligação atual ou uma nova direção, com foco em economia, habitação, imigração e serviços públicos.
Após a votação, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa conduzirá as consultas para a formação do novo governo, que pode exigir negociações se não houver uma maioria clara.