Com excesso de energia, setor eólico e solar no Brasil enfrenta crise sem precedente
O setor de energia renovável no Brasil enfrenta uma grave crise, com diversas empresas pedindo recuperação judicial e demissões em massa. Os desafios, incluindo baixos preços do mercado e restrições de transmissão, ameaçam a meta do país de expansão da energia limpa.
Crise no setor de energia renovável do Brasil: A poucos meses da maior cúpula do clima do mundo, o Brasil enfrenta a maior crise de sua indústria de energia eólica e solar em 20 anos.
Empresas em dificuldades: A 2W Ecobank pediu recuperação judicial e a Rio Alto Energia Renováveis busca proteção contra credores. A Aeris reestruturou sua dívida após 3.700 demissões.
Desafios do setor: Atrasos em licenças, escassez de linhas de transmissão e altos custos de empréstimos afetam a capacidade de produção, comprometendo a meta de triplicar a energia renovável até 2030.
Situação energética: Embora o Brasil tenha a matriz energética mais limpa do G20, a crise é exacerbada pelo excesso de produção durante o dia e pela falta de infraestrutura para transmissão.
Impactos econômicos: Cortes na produção resultaram em uma redução de até 60% nas receitas das empresas. Investidores foram convidados a discutir acordos de reestruturação de dívidas.
Desafios financeiros: Taxas de juros elevadas e limitações na recuperação de perdas estão colocando empresas como a Aeris em uma situação complicada. Cortes de produção reduziram 11.000 empregos na cadeia de fornecedores eólica.
Ações do governo: O Ministério de Minas e Energia formou uma comissão para tratar da situação, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) responde a processos sobre perdas acumuladas de R$ 4,8 bilhões.
Perspectivas futuras: Empresas tentam atrair parceiros ou vender bens. A recuperação do setor de energia limpa no Brasil é considerada distante, com líderes afirmando que “o paciente está na UTI”.
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