Com guerra tarifária, mercado vê exterior como principal risco à estabilidade financeira, diz BC
Guerra tarifária dos EUA é vista como principal ameaça à estabilidade financeira global, segundo pesquisa do Banco Central. A sondagem revela um aumento significativo na preocupação com riscos internacionais entre instituições financeiras brasileiras.
A guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos é vista como o principal risco à estabilidade financeira global pelos próximos três anos, conforme pesquisa do Banco Central.
A pesquisa foi realizada entre 19 de abril e 9 de maio com 84 instituições, incluindo bancos e cooperativas.
O presidente Donald Trump anunciou uma alíquota de 10% sobre produtos importados, afetando até o Brasil, que já sofria com tarifas de 25% sobre aço e alumínio. A alíquota aplicada ao Brasil subiu para 50%.
Apesar da possibilidade de recorrer à OMC, o Brasil está focado nas negociações atuais.
Em comparação com a pesquisa anterior, a menção ao cenário internacional como risco aumentou de 16% para 39%. Os riscos fiscais ocupam a segunda posição, com 30% das citações.
A dívida bruta do Brasil chegou a 76,2% do PIB em abril, totalizando R$ 9,2 trilhões, com aumento de 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Os riscos operacionais, especialmente cibernéticos, também têm ganhado importância entre as instituições financeiras.
Esta pesquisa visa captar percepções sobre a estabilidade do sistema financeiro em várias dimensões, incluindo riscos prospectivos e confiança econômica.