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Com iates cada vez maiores, comprar e ampliar marinas atrai bilhões de Wall Street

Investidores de Wall Street transformam marinas em busca de modernização e lucratividade, enfrentando a resistência de navegadores de menor porte. A pressão para gentrificação do setor gera preocupações sobre o acesso de clientes tradicionais e o futuro das marinas como um bem público.

Jack Brewer, aos 84 anos, observa a movimentação na marina de Mamaroneck, próxima ao Long Island Sound. Ele iniciou seu negócio em 1964, transformando propriedades deterioradas em marinas sofisticadas.

A marinas de Brewer, uma coleção de 30 estabelecimentos ao longo da costa leste, faturam com aluguel, consertos e refeições. A indústria de marinas nos EUA gera quase US$ 8 bilhões anualmente, segundo a IBISWorld.

Enquanto isso, empresas de investimento estão de olho nas marinas, acreditando que muitas não atendem às demandas dos navegantes modernos. Muitas marinas enfrentam dificuldades financeiras, deixando espaço para investidores dispostos a modernizá-las.

Novas empresas, como a Suntex e a Safe Harbor, estão comprando marinas. A Safe Harbor foi adquirida pela Blackstone em um negócio de US$ 5,65 bilhões, a maior transação do setor até agora. A Blackstone planeja expandir e modernizar as marinas adquiridas.

A transformação do setor levanta preocupações com a “gentrificação”, onde pequenos navegadores são indo gradativamente excluídos. Taxas de aluguel estão subindo, algumas até 96%, o que afeta a classe média e navegadores com embarcações menores.

A Safe Harbor enfrenta resistência em várias regiões, incluindo St. Petersburg, onde o plano de expansão levanta temores sobre o aumento de tarifas e deslocamento de moradores de barco.

Brewer, que modernizou suas marinas, acredita que a manutenção e bom atendimento são fundamentais para o sucesso. Ele enfatiza que clientes estão dispostos a pagar por serviços de qualidade.

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