Com impulso do BC dos EUA, Ibovespa está perto de zerar perdas de 2024
Ibovespa atinge maior nível desde outubro de 2024, impulsionado por decisões do Federal Reserve. Apesar da alta, especialistas alertam para a continuidade das incertezas no cenário econômico brasileiro.
Ibovespa alcança maior patamar desde outubro de 2024. Nesta quarta-feira (19), conhecida como superquarta, decisões dos bancos centrais renovaram apetite ao risco no Brasil.
O índice avançou 0,79%, atingindo 132.508 pontos. Faltam apenas 3,6% para seu recorde nominal de 137.343 pontos.
Na semana, a alta acumulada é de 2,75% e, no mês de março, está positivo em quase 8%. Após perdas de 10,36% em 2024, o Ibovespa se recupera com valorização de 10,16% até agora.
A recuperação é impulsionada por mudanças externas, em especial, sinalizações do Federal Reserve (Fed), que mantém perspectivas de cortes de juros. A taxa permanece entre 4,25% e 4,5%% ao ano.
O dólar comercial caiu 0,43%, a R$ 5,65, e acumula queda de 8,6%% no ano. O cenário nos EUA está menos atraente, levando investimentos a buscarem retornos mais altos fora.
No entanto, especialistas alertam que não é uma guinada no Brasil; o movimento é incipiente. O giro financeiro do Ibovespa foi de R$ 18,23 bilhões, em linha com média de R$ 16,3 bilhões.
Embora o fluxo de capital estrangeiro seja positivo em R$ 13 bilhões este ano, a injeção é pouco expressiva. O investidor doméstico ainda hesita devido à Selic nos dois dígitos.
O Brasil não está sozinho; fluxos globais estão afetando mercados em todo o mundo. Riscos fiscais e pressões inflacionárias ainda preocupam quanto ao futuro da Selic.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) está por vir e pode alterar o cenário. Fique atento às últimas notícias financeiras no Valor Empresas 360.