Com juro baixo, agências estaduais financiam de microempresas a turismo

Agências de investimento estaduais têm se destacado como uma alternativa para micro e pequenos empreendedores, impulsionando a economia local com linhas de crédito acessíveis.

Oferecendo taxas de juros que variam de 0,25% ao mês a isenção total para pagamentos em dia, pelo menos 17 estados contam com essas agências. Algumas estão em desenvolvimento ou funcionam como agências de desenvolvimento, atraindo investidores com incentivos fiscais.

Essas agências disponibilizam capital com juros baixos e oferecem linhas de crédito específicas para o porte da empresa, focando em setores estratégicos como energia renovável, infraestrutura e tecnologia.

Um exemplo é a Desenvolve Roraima, que atende a microempresários e pequenos produtores. A professora aposentada Evaldina Freitas, por sua vez, financiou R$ 21 mil para construir um poço artesiano, permitindo a irrigação de 1.350 pés de pimenta. Ela conseguiu aumentar sua produção e venda de molhos de pimenta.

A Invest Minas em Minas Gerais foi a primeira agência, criada em 1968. Em Rio de Janeiro, a AgeRio liberou R$ 23 milhões em microcréditos em 2024. Em Mato Grosso, o Desenvolve MT destinou R$ 21,3 milhões a jovens e mulheres empreendedoras.

Outras iniciativas incluem a Goiás Fomento, que flexibilizou regras de garantia, e a Fomento Paraná, com foco no agronegócio. Na Bahia, a Desenbahia liberou R$ 238 milhões em 2024, enquanto a Desenvolve RN já investiu R$ 298,4 milhões em 25 anos.

Exemplos de sucesso incluem Maria José Joventino, que, após obter empréstimos, expandiu sua produção de doces e começou a participar de eventos, conseguindo se estabelecer como uma empreendedora.