Com ligações noturnas, nem a hora de dormir está livre do chefe
Trump e sua frequência em ligações noturnas revelam uma cultura de trabalho que desafia os limites entre vida pessoal e profissional. A pressão por jornadas extensas e comunicação constante gera estresse e ansiedade entre os trabalhadores, destacando a crescente necessidade de um equilíbrio saudável.
Howard Lutnick recebe uma ligação do presidente Donald Trump por volta da 1h da manhã, para discutir temas como tarifas de comércio e curiosidades pessoais.
Detalhes dessa conversa foram revelados em um perfil da New Yorker sobre o secretário de estado do comércio. As discussões abrangem desde 'coisas reais' até trivialidades, incluindo eventos esportivos e percepções sobre a televisão.
Trump já fez ligações em horários similares durante sua presidência, como a Mike Flynn, à 3h da manhã. Este comportamento desconsidera a sugestão de terapeutas de anotar preocupações pelo invés de incomodar conselheiros em horários inadequados.
Outros líderes, como Steve Jobs, também eram conhecidos por fazer ligações a qualquer hora, práticas que geram ansiedade, especialmente em um contexto onde as comunicações são constantes por smartphones.
Um estudo indica que a expectativa de receber emails à noite gera ansiedade, mesmo que o tempo gasto respondendo seja curto. Empreendedores como Trump e Elon Musk promovem uma cultura de trabalho intensa, com Musk exigindo “horas extremamente altas” de seus funcionários.
Relatos de startups sugerem que um padrão de trabalho de 72 horas por semana, conhecido como 996, está se tornando comum, com muitos líderes ignorando limites entre vida profissional e pessoal.
Embora a cultura de longas horas esteja em alta, existe uma diferença entre trabalhar duro e apenas aparentar estar ocupado. Apesar das alegações de Trump sobre seu trabalho árduo, críticos apontam que seu estilo de liderança pode ser mais sobre movimento do que resultados reais, exaurindo seus subordinados.