Com mãozinha de Trump, inflação pode favorecer Lula em 2026

Donald Trump está influenciando não apenas a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva, mas também o poder de compra dos brasileiros por meio da inflação brasileira.

Em julho, o IPCA (índice de preços) subiu apenas 0,24%, surpreendendo as expectativas de 0,36%. A variação média do custo de vida foi de 0,26%, indicando uma inflação acumulada possivelmente menor no final do ano.

Analistas projetam uma queda nas expectativas de inflação, originada por fatores como a redução das tarifas americanas sobre produtos como café e carne, que tiveram quedas registradas nesta área. A carne teve um recuo de 0,30% e o café apresentou a primeira queda desde dezembro de 2023.

As tarifas americanas levaram produtores a diversificar compradores, aumentando a oferta interna e reduzindo preços. Isso pode resultar em café e carne ainda mais baratos na eleição de 2026, auxiliando nas promessas de Lula.

A queda do dólar, que já acumula 13% neste ano, também tem impactado o preço dos alimentos no Brasil. O recuo no câmbio ocorre devido à calmaria nos mercados, após Trump reduzir tarifas de produtos importados.

A política de imigração de Trump está resultando em menor mão de obra disponível, o que pode levar a uma alta dos salários nos EUA, influenciando também a inflação interna.

O futuro da economia americana, afetada por uma possível estagflação, pode impactar o Brasil. Menos dólares nas exportações e menor escassez de produtos básicos poderão resultar em preços mais baixos.

No cenário, a vida financeira de Lula e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pode se tornar mais manejável, especialmente se a Selic for reduzida.

Concluindo, a relação entre Lula e Trump pode trazer benefícios diretos aos brasileiros com menor inflação e juros, dissociando as pressões políticas da economia.