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Com mercados em pânico, Europa discute como reagir a Trump e às divisões internas

Ministros da União Europeia se reúnem em Luxemburgo para definir retaliações contra tarifas impostas pelos EUA, em meio a divisões internas e preocupações com a economia europeia. A pauta inclui a elaboração de uma lista de produtos americanos que serão afetados, enquanto o bloco busca uma resposta unificada diante das tensões comerciais.

Ministros da União Europeia se reúnem nesta segunda-feira (7) em Luxemburgo para discutir retaliações a produtos americanos.

A situação no mercado é crítica, com bolsas europeias em queda acentuada. O encontro também abordará divisões internas sobre a melhor abordagem para proteger a economia da UE.

Ministra da Holanda, Reinette Klever, pede calma, enquanto o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, exige respostas rápidas às tarifas de Trump.

A UE aplicará uma surtaxa de 20% sobre produtos americanos a partir de quarta-feira (9). O bloco já sofre tarifas de 25% sobre aço, alumínio e veículos.

As primeiras retaliações da reunião incluirão **produtos icônicos** como motos Harley Davidson e uísque bourbon. França e Itália querem a exclusão do bourbon por causa de ameaças de Trump a vinhos e espumantes.

Há uma lista de 99 páginas com produtos americanos que poderia resultar em retaliações de até US$ 28 bilhões (R$ 156,9 bilhões). O ministro da Irlanda, Simon Harris, afirmou que as medidas da UE devem forçar os EUA a negociar.

Além disso, o governo espanhol pede a ratificação do tratado UE-Mercosul, apesar de críticas e exigências de outros países para mudanças.

Os prognósticos indicam uma possível invasão de produtos europeus no mercado interno, o que pode levar a uma deflação. Estima-se que 70% das exportações da UE para os EUA serão afetadas, totalizando € 532 bilhões (R$ 3,37 bilhões) no ano passado.

Bruxelas está preparando contramedidas contra o influxo de produtos de países como China e Vietnã, que também são impactados pelas tarifas de Trump. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou preocupações sobre o dumping no mercado europeu.

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