Com o envelhecimento da população brasileira, economia do cuidado deve estar na fila de prioridades
O envelhecimento da população brasileira traz desafios significativos, incluindo a necessidade urgente de políticas públicas que garantam qualidade de vida e cuidado aos idosos. A pressão sobre a saúde e o papel das mulheres como cuidadoras são preocupações centrais nesse cenário.
Dona Maria, 99 anos, celebra a classificação do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes.
Othon Bastos, 93, em cartaz com a peça Não me entrego, não, e Fernanda Montenegro, 96, retomando turnê de monólogos.
Ney Matogrosso mantém sua energia e irreverência no palco.
O aumento da expectativa de vida e a redução da fecundidade contribuem para um envelhecimento da sociedade irreversível. Em algumas décadas, os 90 poderão ser os novos 40.
Desafios incluem:
- Baixa qualidade de vida para a maioria dos idosos brasileiros;
- Desigualdade acentuada se políticas públicas não abordarem a realidade;
- Crescimento da pressão sobre saúde pública e privada, incluindo saúde mental;
A carga sobre o cuidado dos idosos recairá sobre as mulheres, impactando suas oportunidades de trabalho.
Dados regionais mostram que, no Amapá, metade da população já cuida de parentes idosos, enquanto a média nacional é de um terço.
A falta de regulamentação na profissão de cuidadores traz riscos, tanto para os idosos quanto para os próprios cuidadores, deslocando o orçamento familiar da infância para cuidados.
Um choque estatístico do Japão: a cada oito dias, um idoso é morto por um cuidador exausto, conhecido como “care killing”.
O Brasil, que já gasta mais com idosos do que com crianças, enfrentará um desafio na reorganização de gastos públicos.
Prioridades urgente incluem a economia do cuidado e a revisão da idade mínima de aposentadoria, alinhando-se à expectativa de vida crescente.
Por fim, Lula completará 80 anos e, apesar de sua qualidade de vida privilegiada, poderia liderar a campanha pela reforma da Previdência.