Com preços do petróleo voláteis, a Petrobras tem de ter disciplina

Petrobras divulga resultados financeiros do 2º trimestre de 2025

Em 7 de agosto, a Petrobras anunciou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões, inferior em 24,3% ao 1º trimestre de 2025, mas uma recuperação em relação ao prejuízo de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2024.

Considerando eventos exclusivos, o lucro líquido ajustado foi de R$ 23,2 bilhões, com uma queda de apenas 1,7% em relação ao trimestre anterior.

A receita total caiu 3,3%, alcançando R$ 119,1 bilhões, enquanto as vendas de derivados de petróleo diminuíram 4,7% para R$ 71,8 bilhões.

O Ebitda Ajustado foi de R$ 52,3 bilhões, uma queda de 14,5%, impactado por despesas não recorrentes e a queda do preço do Brent.

No segmento de Exploração e Produção, os investimentos totalizaram US$ 3,7 bilhões, com destaque para os FPSOs do campo de Búzios.

A dívida bruta da estatal aumentou para US$ 68,1 bilhões, elevando a relação Dívida Bruta/Ebitda Ajustado para 1,78x.

O lifting cost foi reduzido para US$ 5,96 por barril, com o pré-sal alcançando US$ 3,83.

A Petrobras anunciou pagamento de R$ 8,66 bilhões em dividendos e JCP, um valor abaixo das expectativas de mercado.

As ações da Petrobras apresentaram queda imediata após a divulgação dos resultados, refletindo insatisfação com dividendos e a conversão de Ebitda em caixa abaixo do esperado.

Em um cenário de volatilidade global, a Petrobras precisa reafirmar sua resiliência para manter a confiança do mercado.