Com saída de Lupi, governo Lula soma 11 trocas de ministros
Carlos Lupi deixa o cargo após investigações sobre fraudes no INSS que podem ter causado um prejuízo de R$ 6,5 bilhões. O ex-ministro foi aconselhado a pedir demissão enquanto novas nomeações estão em andamento no governo.
A saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social marca a 11ª troca de ministros no 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lupi pediu demissão na sexta-feira (2.mai.2025), após a PF revelar investigações sobre um esquema de descontos em aposentadorias do INSS, com prejuízo estimado em R$ 6,5 bilhões de 2019 a 2024.
Ele se reuniu com Lula, em um encontro não previsto na agenda, e foi aconselhado a pedir demissão, vinculando a origem das fraudes ao governo de Jair Bolsonaro e alegando falta de menção ao seu nome nas investigações.
No seu perfil em X, Lupi agradeceu a Lula e destacou o apoio às apurações na Previdência. O Planalto anunciou o ex-deputado Wolney Queiroz como novo ministro.
Além do Ministério da Previdência, outros 10 ministérios passaram por mudanças. Exemplos incluem:
- Silvio Almeida, demitido dos Direitos Humanos, substituído por Macaé Evaristo.
- Juscelino Filho, deixou as Comunicações após denúncia da PGR, sendo substituído por Frederico Siqueira Filho.
A operação Sem Desconto, iniciada em 23 de abril, resultou em 211 mandados de busca, 6 prisões temporárias e sequestro de bens superiores a R$ 1 bilhão em 13 Estados.
A Justiça afastou 6 pessoas, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. A CGU investiga entidades que realizavam descontos indevidos nos benefícios, cobrando mensalidades sem a devida autorização dos aposentados.
Uma auditoria da CGU revelou que 70% das entidades analisadas não apresentaram a documentação exigida. Além disso, indícios de falsificação de documentos foram encontrados.
Na última quarta-feira (30.abr), Lula nomeou Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS.