Com saída de Lupi, Lula faz 11ª troca ministerial desde o início do mandato

Demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência marca a 11ª troca ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.

Lupi saiu após crise com o INSS, envolvendo uma investigação da Polícia Federal sobre R$ 6 bilhões em descontos indevidos em aposentadorias entre 2019 e 2024. O novo ministro é Wolney Queiroz, ex-secretário-executivo da pasta e filiado ao PDT.

As mudanças visam atrair novos partidos e melhorar o cenário para as eleições de 2026. A maioria das trocas deste ano foram rearranjos internos no mesmo partido.

• Janeiro: Paulo Pimenta sai e Sidônio Palmeira assume o Ministério da Comunicação.
• Março: Alexandre Padilha troca a pasta de Relações Institucionais por Gleisi Hoffmann, tornando-se ministro da Saúde.
• Abril: Juscelino Filho é substituído por Frederico Vasconcelos no Ministério das Comunicações.

Partidos do Centrão desejam mais trocas, mas presidentes de partidos ainda não foram chamados por Lula para discutir participações no governo.

Trocas foram feitas para atrair capital político:

• Ana Moser saiu do Ministério dos Esportes, Márcio França do Ministério de Portos e Aeroportos e Daniela Carneiro do Turismo.
• Substitutos: André Fufuca, Silvio Costa Filho e Celso Sabino.

França permanece no governo após a criação da pasta de Empreendedorismo e Microempresa. Apesar de ministérios, partidos como PP e Republicanos apresentam divisões entre base e oposição.

Alterações também foram feitas para estancar crises, como a troca do general Gonçalves Dias pelo General Amaro no Gabinete de Segurança Institucional, e <Macaé Evaristo assume Direitos Humanos no lugar de Silvio Almeida.

Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça ao ser nomeado para o Supremo Tribunal Federal, sendo substituído por Ricardo Lewandowski.