Com Selic maior, quais tipos de empréstimos ficam mais caros?
Taxa Selic em alta impacta juros do crédito pessoal, encarecendo modalidades e beneficiando algumas. Especialistas alertam que com a nova linha de consignado, o crédito não consignado pode se tornar ainda mais caro.
A Selic em Alta
A taxa Selic começou a subir em setembro de 2022, passando de 10,25% para 14,25% ao ano.
Isso resultou em empréstimos e financiamentos mais caros.
Um levantamento do Valor Data indicou que taxas no crédito pessoal não consignado saltaram de 67,75% ao ano em outubro de 2022 para 78,87% em janeiro de 2023.
O pesquisador Henrique Castro da FGV aponta que esse aumento se deve à menor segurança dessa linha de crédito, sendo menos garantida que empréstimos consignados.
O impacto poderá aumentar com o lançamento de uma nova linha de crédito consignado privado, facilitando o acesso ao crédito para trabalhadores formais.
Queda nas Taxas
Dentre as avaliadas, apenas o parcelado do cartão de crédito viu seus juros caírem, de 178,8% para 175,7%.
Castro observa a oscilações de taxas entre instituições, reiterando que mesmo com a queda, os juros permanecem altos.
A recente redução é atribuída à maior competição entre bancos e novas regras que limitam os juros no rotativo do cartão.
Entretanto, o consumidor deve ter cautela com linhas de crédito mais acessíveis e de maior risco, como o cheque especial e o cartão de crédito.
A recomendação é buscar empréstimos com garantias, que costumam oferecer taxas mais baixas.