Com tarifaço e grave seca, produtores de mel do Piauí preveem perdas acima de 50%
Apicultores no Piauí enfrentam uma combinação devastadora de seca e tarifas elevadas nos EUA, o que pode resultar em perdas significativas. A Abemel alerta que o prejuízo pode ultrapassar R$ 200 milhões, com a necessidade de buscar novos mercados e consumidores internos.
Apicultores do Piauí enfrentam seca severa e tarifas de Trump, prevendo prejuízos acima de 50% nas exportações de mel.
Os apicultores estão lidando com uma escassez de chuvas e estimam prejuízos entre US$ 40 milhões a US$ 50 milhões até dezembro, impactando as exportações brasileiras.
As exportações de mel para os EUA representam 51% do total, e em 2024 o Piauí movimentou US$ 25,5 milhões com dez toneladas de mel.
Produtores como Luis Henrique Oliveira expressam angústia sobre o futuro, com a tarifa de Trump complicando ainda mais a já desafiadora temporada.
Janete Dias, gerente de cooperativa, confirma que a seca reduziu a produção e que o impacto do tarifaço será sentido em novembro.
A Casa Apis garantiu contratos com clientes até dezembro, negociando que os clientes assumam a tarifa. No ano passado, exportaram 1.900 toneladas de mel.
O impacto da seca pode reduzir a produção dos apicultores em 35% a 40% nas regiões do Piauí e Maranhão.
A Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) destaca que o Piauí é o mais afetado, com 129 municípios em situação de emergência devido à seca.
O presidente da Abemel, Renato Azevedo, alerta para o alto risco de perdas, com a perspectiva de queda no preço do mel em até 30%.
A medida do governo do estado busca minimizar os efeitos do tarifaço, enquanto os apicultores pedem apoio federal para evitar demissões e blindar o setor.