Com tarifas nos EUA, carro chinês já domina estradas do Brasil à África do Sul
Montadoras chinesas ganham destaque global ao conquistar mercados emergentes com preços competitivos. Apesar das tentativas de proteção nos EUA e na Europa, a presença chinesa nas vendas de veículos está crescendo rapidamente, desafiando gigantes automotivos tradicionais.
Donald Trump busca impedir a entrada de montadoras chinesas nos EUA, mas elas já dominam mercados globais, de Bangcoc a São Paulo, com modelos acessíveis como Great Wall, BYD, Chery e SAIC.
Comerciantes em mercados emergentes estão adotando carros chineses devido a preços competitivos, mesmo com impostos elevados impostos por Canadá e União Europeia sobre veículos elétricos chineses. Na África do Sul, carros chineses representam quase 10% das vendas, um aumento de cinco vezes desde 2019.
Oscar Mabuela, um cliente sul-africano, escolheu um SUV Haval Jolion por suas tecnologias avançadas e preço acessível. A exportação de veículos chineses aumentou 20%, alcançando 4,9 milhões em 2024. Montadoras chinesas estão conquistando rapidamente a participação no mercado global, prevendo um aumento para 13% até 2030.
Montadoras ocidentais, como Ford e GM, reconhecem a pressão dos fabricantes chineses em mercados emergentes, com a GM adaptando sua estratégia para competir. Enquanto isso, a Stellantis busca parcerias na Europa para enfrentar a concorrência.
No Brasil, montadoras chinesas fazem marketing agressivo. A Great Wall usa plataformas de e-commerce e campanhas estreladas para promover seus veículos. Apesar da popularidade, alguns consumidores ainda têm preocupações com confiabilidade e disponibilidade de peças.
No Sudeste Asiático, a pressão da China se intensifica, especialmente na Tailândia, onde montadoras chinesas agora têm 13,3% do mercado. As vendas de veículos elétricos aumentaram 600% após cortes de impostos e incentivos. Toyota e outras montadoras estão lutando para se adaptar.
A feira Bangkok Motor Expo mostrou a crescente concorrência, com empresas locais e marcas consolidadas de olho na inovação e nos preços acessíveis. Wiyawit Petra, um empresário tailandês, expressou interesse em modelos chineses, refletindo uma mudança nas preferências do consumidor.