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Com 'taxa da blusinha' nos EUA, Temu abandona vendedores chineses e vai vender apenas produtos locais no país

Temu altera estratégia de vendas nos EUA após nova taxa sobre importações, priorizando comerciantes locais. A mudança pode impactar significativamente consumidores de baixa renda, já afetados pelo aumento de preços.

Temu interrompe vendas de produtos baratos da China nos EUA

A varejista chinesa Temu anunciou que deixará de vender produtos de baixo custo vindos da China, devido a uma nova regra que **elimina a isenção** para compras online de até **US$ 800**.

A norma estabelece taxas de até **120%** ou uma taxa fixa de **US$ 100**, que pode dobrar em junho. No Brasil, pequenas compras também foram tributadas, conhecido como “taxa da blusinha”.

A Temu mudará seu modelo de negócios, operando com vendedores **baseados nos EUA** e recrutando novos parceiros para garantir seu abastecimento.

Essa mudança ocorre em meio à **guerra comercial** entre EUA e China, onde os EUA impuseram tarifas de até **145%** sobre produtos chineses.

Impacto nos consumidores

A decisão afeta especialmente consumidores de baixa renda. Cerca de **48%** das encomendas de baixo valor foram enviadas para áreas mais pobres nos EUA.

Um porta-voz da Temu afirmou que os preços permanecerão **inalterados** durante a transição para vendas por vendedores locais.

A concorrente Shein também está considerando transferir parte da produção fora da China e adiou sua abertura de capital na Bolsa de Londres.

Brecha na legislação e futuro

Olimite de isenção foi aumentado ao longo dos anos, mas a pressão política por sua revisão tem crescido. Legisladores americanos discutem propostas para reformar esse regime.

O governo Biden já apresentou sugestões para mudanças estruturais no modelo.

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