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Com Trump, 'a palavra de ordem é incerteza', o que pode afetar investimentos, dizem especialistas

Especialistas veem tarifação de 50% imposta por Trump ao Brasil como uma manobra política e não econômica. A medida reflete tensões nas relações internacionais e busca atender interesses internos da administração americana.

Especialistas criticam taxação de 50% proposta por Trump ao Brasil

Não há embasamento econômico nos argumentos de Donald Trump para a alta taxação ao Brasil, afirmam especialistas. A medida é vista como uma sanção política com objetivos comerciais não claros e com apelos à extrema direita.

Thiago de Aragão, do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, afirma que as sanções são políticas, derivadas de um cálculo inválido do déficit comercial dos EUA. Exemplo disso é a taxa imposta a Saint-Pierre e Miquelon. Embora a maioria das tarifas esteja suspensa para negociações, o Brasil já recebeu aviso sobre a taxação a partir de agosto.

Claudio Moraes, professor da UFRJ, destaca a insegurança econômica resultante dessas medidas e ressalta a experiência do ambiente de negócios, que se torna sombrio sem previsibilidade.

  • Pablo Saturnino, da UERJ, menciona a fraqueza da OMC e o caráter nebuloso das relações Brasil-EUA.
  • Brasil se torna alvo fácil após cúpula do Brics e ascensão de Lula, segundo Aragão.
  • Saturnino aponta intervenção política de Trump como preocupante, questionando o uso do poder americano nas questões internas do Brasil.

As tensões podem resultar em retaliações, com Lula e Trump se desafiando em potenciais acordos, embora isso represente riscos institucionais. Sugestões para negociar diplomaticamente são dadas, evitando subordinação e preservando a soberania do Brasil.

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