Comandante da Marinha diz que não houve ordem para uso de blindados para golpe

Comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, disse desconhecer os motivos da ausência do ex-comandante Almir Garnier na cerimônia de passagem do cargo. Ele reafirmou a nota da Força que refutou investigação da Polícia Federal em novembro de 2024, afirmando que não havia ordem para o uso de blindados em uma tentativa de golpe.

Olsen negou ter recebido ordens de Garnier para usar tropas contra a posse ou dar um golpe de Estado: “Não recebi qualquer determinação nesse sentido”.

Em 5 de janeiro de 2023, Garnier se ausentou da cerimônia, algo inédito na história da instituição. Olsen comentou: “Ele não apresentou qualquer razão para sua ausência”.

Olsen participou de uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha na ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, Garnier teria informado a Bolsonaro que poderia disponibilizar suas tropas para um golpe de Estado. Olsen afirmou não ter conhecimento das reuniões e que ficou a par dos eventos pela imprensa.

O procurador-geral Paulo Gonet e o ministro Alexandre de Moraes destacaram a ausência de Garnier, com Moraes observando: “Na cerimônia, o Garnier não compareceu, rompendo uma tradição”.

• A ausência de Garnier foi criticada por oficiais-generais do Exército e da Força Aérea.
• Lula não participou da cerimônia, sendo representado pelo ministro da Defesa, José Múcio.
• Senador Hamilton Mourão e ex-ministro Aldo Rebelo também prestaram depoimento.
• O ex-ministro Rebelo teve um bate-boca com Moraes, que ameaçou prendê-lo por alegações de censura.
• Mourão alegou desconhecimento sobre qualquer tentativa de golpe, culpando o governo Lula pela desordem em 8 de Janeiro.