Comércio brasileiro teve receita de R$ 7,1 tri em 2023, com 10,5 milhões empregados, mostra IBGE
Com aumento na receita e no número de ocupações, o comércio brasileiro se destaca em 2023. Setores como atacado e varejo mostraram variações significativas na participação e criação de empregos ao longo dos anos.
O comércio brasileiro registrou, em 2023, receita operacional líquida de R$ 7,1 trilhões e valor adicionado bruto de R$ 1,2 trilhão, segundo a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2023 do IBGE.
Houve 10,5 milhões de pessoas ocupadas no comércio, com pagamento de R$ 325,7 bilhões em salários e remunerações. O setor contava com 1,5 milhão de empresas e 1,7 milhão de unidades locais.
Entre os setores, o atacado liderou a receita com R$ 3,5 trilhões, seguido pelo comércio varejista com R$ 2,9 trilhões e o comércio de veículos, com R$ 646,2 bilhões.
O varejo tinha 7,7 milhões de empregados, o atacado 2 milhões e o comércio de veículos 902,9 mil. O maior volume de salários veio do varejo, com R$ 222,1 bilhões.
Entre 2014 e 2023, o segmento de atacado de matérias-primas subiu de 3,1% para 6,3% da receita total, enquanto o comércio de veículos caiu de 7,9% para 5,7%.
Em termos de emprego, o comércio registrou 10,5 milhões de pessoas, próximo ao recorde de 10,6 milhões em 2014. O atacado alcançou o recorde histórico de 2 milhões de ocupados.
Os três segmentos com maior criação de vagas foram:
- Hipermercados e supermercados: 1,587 milhão de vagas (+372,3 mil)
- Farmacêuticos e cosméticos: 922 mil vagas (+162,2 mil)
- Atacado de produtos alimentícios: 464,6 mil vagas (+39,3 mil)
As maiores reduções ocorreram no:
- Varejo de tecidos e vestuário: 1,019 milhão de empregados (-332,9 mil)
- Varejo de informática: 905,9 mil empregados (-136,5 mil)
- Varejo de produtos alimentícios: 1,152 milhão de pessoas (-118,9 mil)
Resumo: O comércio brasileiro teve um desempenho robusto em 2023, com aumento na receita e no emprego, mas também enfrentou reduções em alguns segmentos.