Comércio cria curso superior para atenuar falta de qualificação no varejo
Falta de mão de obra qualificada no varejo brasileiro leva à criação de faculdade específica. A FAC já formou 670 profissionais e conta com 2,3 mil alunos, buscando preencher lacuna educacional no setor.
A falta de mão de obra qualificada é uma preocupação crescente entre os varejistas brasileiros, identificada como a principal ameaça ao setor por 41% dos executivos, segundo pesquisa da PwC.
A Faculdade de Comércio (FAC), iniciada em 2020 pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), visa enfrentar esse desafio. Neste momento, a FAC conta com 2,3 mil alunos matriculados e já formou 670 profissionais em diversos cursos.
Os cursos vão desde a administração básica de lojas até temas como transformação digital do varejo. Alunos como Ana Cristina de Castro Aschermann e Emerson Barros destacam-se por seus avanços profissionais desde o início dos estudos.
- Ana Cristina, 59 anos, concluiu graduação em Gestão de Recursos Humanos e agora faz pós-graduação em marketing digital.
- Emerson Barros, 24 anos, migrou de caixa de padaria para Tecnologia da Informação após iniciar a graduação em sistemas para internet.
Um levantamento interno mostra que 42,3% dos alunos empregados antes da faculdade melhoraram seus salários após a formação, com 53,8% reconhecendo a contribuição da instituição nesse avanço. Os cursos são subsidiados, com mensalidades variando de R$ 250 a R$ 420.
Wilson Rodrigues, diretor-geral da FAC, reforça que esta é a única faculdade de comércio no Brasil com cursos de nível superior. A FAC obteve nota máxima na avaliação do Ministério da Educação e planeja expandir para cursos de extensão em tecnologia voltados para o varejo.