Comissão dos EUA ouvirá brasileiro sobre “repressão transnacional”
Figueiredo Filho será ouvido em audiência nos EUA sobre repressão transnacional, sem menção direta ao Brasil ou a Alexandre de Moraes. O empresário, acusado de tentativa de golpe, afirma que sua participação visa expor perseguições a opositores e jornalistas.
Paulo Figueiredo Filho, empresário e neto do último presidente da ditadura militar brasileira, será ouvido como testemunha pela Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, do Congresso dos EUA, na 3ª feira (24.jun.2025).
A audiência irá discutir a repressão transnacional e não menciona diretamente Alexandre de Moraes ou o Brasil. O objetivo é avaliar as respostas e abordagens institucionais de diferentes governos à repressão.
No X, Figueiredo afirmou que relatará como jornalistas e cidadãos, incluindo Elon Musk, são alvos de perseguição. Ele também abordará casos de brasileiros na lista vermelha da Interpol.
Figueiredo é um dos 34 denunciados pela PGR por tentativa de golpe em 2022, atuando em desinformação. Atualmente resida nos EUA e não respondeu às acusações, que foram notificadas por edital.
A Defensoria Pública da União não conseguiu contactá-lo, resultando em pedido de suspensão da ação ao STF, que ainda não respondeu. O empresário influenciava a mídia através da emissora Jovem Pan.
O comunicado da Comissão define a repressão transnacional como um conjunto de táticas de governos para prejudicar indivíduos além de suas fronteiras, e a audiência examinará novos desenvolvimentos neste tema.