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Comitê de funcionários critica gestão do Banco Central Europeu em carta a presidente

Funcionários do BCE denunciam falta de democracia interna e possíveis violações dos direitos trabalhistas. A entidade, por sua vez, defende que as mudanças propostas visam atender simultaneamente às necessidades dos empregados e aos objetivos da instituição.

Tensão no Banco Central Europeu: Um comitê de funcionários acusou o BCE de agir de forma antidemocrática em carta à presidente Christine Lagarde, destacando a falta de respeito aos princípios do Estado de Direito.

O comitê, presidido por Carlos Bowles, expressou que esses princípios elogiados por Lagarde não têm valor dentro da instituição, afirmando que a estrutura de poder é um problema.

Atualmente, o BCE enfrenta uma disputa sobre o conselho de trabalhadores, onde propõe que representantes eleitos dediquem parte do tempo às suas tarefas diárias, desconsiderando a lei trabalhista alemã que permite dedicação integral à defesa dos interesses funcionais.

Bowles criticou o BCE como uma "fortaleza legal sem prestação de contas" e destacou que a abordagem atual causou queixas significativas e altas taxas de esgotamento entre os funcionários, muitos dos quais trabalham sob contratos temporários.

Uma pesquisa do sindicato Ipsos revelou que 77% dos funcionários acreditam que "conhecer as pessoas certas" é essencial para progredir dentro da organização.

Bowles ainda alegou que o BCE tenta silenciar a representação dos trabalhadores, enquanto o BCE defendeu suas ações, afirmando que está comprometido com a legalidade e em conformidade com os regulamentos da UE.

Próximos passos: O BCE propõe mudanças até 2026, garantindo um equilíbrio entre a carreira dos funcionários e suas responsabilidades. No entanto, líderes sindicais já se manifestaram contra as alterações.

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