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Commodities em baixa e real mais forte turvam cenários para inflação

A valorização do real e os preços em queda das commodities podem trazer alívio à inflação brasileira, mas a pressão nos preços industriais e de serviços persiste. Economistas projetam um cenário desafiador, com expectativas de inflação acima do teto da meta para 2025.

Inflação no Brasil em 2025: cenário difícil com valorização do real e queda nos preços de commodities, especialmente petróleo, que devem aliviar a inflação, mas não a anularão.

IPCA de abril desacelerou para 0,43% (de 0,56% em março). Preços industriais, no entanto, subiram para 0,60%, o maior desde dezembro. A inflação subjacente de bens industriais aumentou para 0,72%.

Em 12 meses até abril, IPCA subiu para 5,53%; inflação de bens industriais avançou para 4,09%, e a de núcleos subjacentes para 3,61%.

A meta de inflação contínua exige que a apuração mensal fique abaixo de 4,5% por seis meses. Barclays projeta inflação de 5,4% para 2025, indicando que não voltará ao limite da meta.

A inflação de bens comercializáveis alcançou 7% em 12 meses. Com a valorização do real, estima-se que preços de eletrônicos, veículos e alimentos diminuam. Isso impactará o grupo transportes no IPCA.

Em abril, serviços subjacentes mostraram resiliência, o que preocupa os economistas. A pressão veio de itens de higiene pessoal e reajustes de medicamentos, afetando os núcleos de preços.

Projeções de inflação para 2025: ABC Brasil em 5,8%, LCA em 5,5%, MCM em 5,5%, XP em 5,7%.

A Petrobras anunciou redução de 4,7% nos preços do diesel, com impactos secundários significativos. Mesmo que a depreciação cambial ainda cause pressão, a recente valorização do real deve aliviar a inflação.

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