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Como a alta dos gastos militares da Rússia e aliança com Trump aumentam pressão sobre a Europa

Europa enfrenta dilema de segurança diante do aumento dos gastos militares da Rússia, que superam os investimentos de defesa de todos os países europeus. Para lidar com a crescente ameaça, líderes tentam acelerar o rearmamento, mas a dependência financeira e industrial complica a situação.

Alerta na Europa: Com a incerteza do apoio dos EUA, a Europa busca garantir sua segurança diante do crescimento dos gastos militares da Rússia, que agora superam todos os países europeus juntos.

A Rússia aumentou seus gastos em 40% no último ano, alcançando quase US$ 146 bilhões, o que representa 6,7% do PIB. Quando ajustados pela paridade do poder de compra, os investimentos da Rússia somam US$ 461 bilhões, superando os US$ 457 bilhões da Europa.

Este aumento reflete a mobilização militar russa e investimentos contínuos já iniciados em 2008. Com a invasão da Ucrânia, as capacidades militares da Rússia foram intensificadas, deixando a Europa em um estado de alerta.

O presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou que a ameaça russa afeta diretamente a Europa, alimentando a necessidade de investimentos em defesa e dissuasão nuclear.

Enquanto isso, a relação dos EUA com a Europa é incerta. O ex-presidente Donald Trump pressionou os aliados europeus a aumentarem os gastos em defesa, enfrentando dificuldades em atingir a meta de 2% do PIB em defesa para todos os países da OTAN.

A Europa começou um movimento chamado "ReArm Europe", visando liberar 800 bilhões de euros em gastos militares. Contudo, 17 países já excederam os limites de dívida e déficit do bloco, tornando a situação econômica delicada.

Analistas alertam que a Europa precisa de uma indústria de defesa capaz de produzir em larga escala e que a dependência dos EUA tem agravado a situação. O Balanço Militar aponta que a Rússia tem vantagem na produção bélica e, mesmo com perdas significativas, continua a manter até 3 milhões de projéteis de artilharia por ano.

A Rússia enfrenta desafios a longo prazo, com estimativas indicando que sua capacidade ofensiva poderá ser comprometida até 2026. A capacidade de inovação e exportação, essencial para o sustento da indústria de defesa, está sendo prejudicada pela guerra.

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