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Como a desinformação sobre apoio do Brasil ao Irã se intensificou com início da guerra e viralizou nas redes

Desinformação se espalha nas redes sociais vinculando o Brasil a apoio bélico ao Irã. Especialistas alertam sobre o uso de linguagem alarmista e descontextualização de fatos para polarizar ainda mais o debate político.

Campanhas de desinformação surgiram nas redes sociais após o início do conflito entre Irã e Israel, descontextualizando falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre suposto apoio bélico ao Irã.

Desde 13 de junho, começaram a circular boatos que o governo brasileiro teria fornecido urânio ao Irã, com publicações afirmando falsamente que o país exportou o metal para fins bélicos. A desinformação foi amplificada por perfis de figuras públicas, como o deputado Eduardo Bolsonaro.

Outros desdobramentos incluíram alegações falsas sobre Lula enviar militares brasileiros para lutar pelo Irã, com linguagem emocional e alarmista. Frases como "Lula ladrão" e "traição silenciosa" eram comuns. Ambas as narrativas foram disseminadas por perfis bolsonaristas.

André Pase, professor da PUC-RS, aponta que isso fortalece a direita, gerando raiva contra Lula. Beto Vasques, da Fespsp, complementa que a polarização permite que qualquer evento seja usado para atacar opositores, no contexto de alinhamento da direita com Israel.

As técnicas utilizadas incluem estratégias visuais enganadoras, informações verdadeiras descontextualizadas e postagens sem fontes citadas. Vasques observa que as pessoas buscam validação, em vez de verdade, em um ambiente político polarizado.

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