Como a Embraer conseguiu escapar da tarifa adicional de 40% de Donald Trump
Embraer evita tarifa adicional de 40% dos EUA por meio de negociações estratégicas e necessidade do mercado. A decisão assegura a continuidade das operações da companhia e destaca sua importância para a aviação regional americana.
Embraer escapou de tarifa adicional de 40% proposta por Donald Trump após esforços do governo brasileiro e da própria empresa.
A companhia manteve sua posição no mercado, já que os jatos da Embraer dominam a aviação regional nos EUA, especialmente o E-175, responsável por 80% do mercado nessa categoria.
Caso a tarifa de 50% fosse aplicada, alternativas como o A220-100 da Airbus e o 737-100 da Boeing teriam custos mais altos e exigiriam treinamento específico para pilotos.
O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, se reuniu com representantes do governo Trump, destacando que a empresa deve importar US$ 21 bilhões em peças dos EUA nos próximos cinco anos. A relação comercial geraria um déficit para a Embraer de US$ 8 bilhões.
Executivos de companhias aéreas americanas, como American Airlines e Alaska Airlines, também participaram das negociações, enfatizando a ausência de opções viáveis aos jatos brasileiros.
Ainda que a Embraer não tenha sido impactada pela nova tarifa, enfrenta uma taxa de 10%, que levou a Alaska a adiar a entrega de dois E-175. A Airbus, concorrente, possui tarifa zero.
Gomes Neto advertiu que a tarifa de 50% teria um impacto estimado de R$ 50 milhões por avião, totalizando até R$ 20 bilhões até 2030.
A Embraer considerou sua exclusão da tarifa um reconhecimento de sua importância econômica e reafirmou seu apoio ao diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano, buscando um resultado positivo para ambos os países.