Como a Faria Lima enriquece com imóveis quando menos pessoas investem na poupança; entenda
Mudança nas fontes de financiamento imobiliário favorece mercado de capitais em meio à queda do crédito tradicional. Com construtoras buscando alternativas, a participação do crédito originado em poupança diminui, enquanto instrumentos financeiros se tornam cada vez mais relevantes.
Transformação no Mercado Imobiliário: O financiamento para construção de imóveis está migrando do crédito subsidiado via poupança para o mercado de capitais.
Motivo: Desde 2021, a saída de recursos da poupança e a restrição do crédito imobiliário levaram construtoras a buscar alternativas como CRIs, LCIs e FIDCs.
Financiamento Atual: O capital da poupança é remunerado a uma taxa menor que o CDI, utilizado para financiar tanto construtoras quanto consumidores.
Hoje, com a demanda aquecida e prioridade no crédito ao consumidor, a participação do crédito proveniente da poupança tem diminuído.
Aumento do Mercado de Capitais: O financiamento via mercado de capitais cresceu de 30% para 40% na composição total de crédito, segundo Sandro Gamba, presidente da Abecip.
Expectativas: A Finamob projeta atingir R$ 1 bilhão em operações financeiras até 2025, enquanto a Multiplike revisou sua expectativa de financiamento para R$ 3,5 bilhões este ano.
Perspectivas Futuras: Murilo Marchesini, da Finamob, acredita que o mercado de capitais se tornará a principal fonte de financiamento no setor imobiliário, com custos elevados de crédito impactando a margem de lucro e os preços dos imóveis.
Investidores: Produtos de renda fixa como FIIs e CRIs atraem investidores devido a rendimentos que variam entre 115% e 120% do CDI.
Desafios: O crédito originado da poupança continua predominante, mas não acompanha o crescimento do mercado, levando à entrada crescente do mercado de capitais.
Em 2024, prevê-se que o financiamento via poupança seja entre R$ 150 bilhões e R$ 160 bilhões, com mudanças nas regras de financiamento via LCIs impactando a captação.
Conclusão: A busca por um equilíbrio entre os retornos dos investidores e as necessidades das incorporadoras é essencial para o crescimento sustentável do mercado imobiliário no Brasil.