Como a inteligência artificial está revolucionando a previsão do tempo
A inteligência artificial promete revolucionar a previsão do tempo, oferecendo maior precisão e rapidez nas análises climáticas. No entanto, preocupações sobre o compartilhamento de dados e o papel contínuo dos meteorologistas permanecem.
A era das previsões meteorológicas por computador começou no Reino Unido em 1965, com o Met Office usando um processador grande chamado "Comet". Agora, a inteligência artificial (IA) está revolucionando a previsão do tempo.
A IA melhora a previsão dinâmica de nuvens, chuva e temperatura, exibindo dados em tempo real na sede do Met Office, em Exeter. Kirstine Dale, diretora de IA do Met Office, afirma que a IA proporciona uma mudança de patamar nas previsões.
Com a capacidade de identificar padrões em grandes dados, a IA promete previsões mais precisas e alertas para eventos extremos, aumentando a segurança pública e a eficiência econômica. Setores como agricultura e finanças se beneficiarão das melhorias.
Preocupações surgem sobre o compartilhamento de dados meteorológicos devido a tensões geopolíticas, podendo impactar serviços de previsão. Especialistas indicam que novas fontes de dados, como sensores locais, poderão ser incorporadas aos modelos de IA.
O ECMWF lançou um modelo de IA que aumentou a precisão em 20%. Agora, modelos "de ponta a ponta" usam dados brutos, prometendo democratizar previsões, especialmente em países em desenvolvimento.
Embora a IA implemente simulações mais amplas, a eficiência em prever eventos extremos ainda é debatida. Dion Harris, da Nvidia, ressalta que a IA pode processar milhares de simulações, aumentando a precisão.
A necessidade de ampliar o fluxo de dados é fundamental para que a IA atinja seu potencial. O acesso a >dados públicos globais é crucial, mas tensões políticas podem provocar quedas no intercâmbio.
A startup Tomorrow.io está lançando constelações de satélites para coletar dados, embora a relação entre empresas privadas e grandes agências ainda seja discutida.
Os modelos de IA não substituem totalmente os sistemas tradicionais e ainda enfrentam desafios em prever a intensidade de tempestades. No entanto, são valiosos para prever padrões climáticos, essenciais em um contexto de energia renovável.
A IA permite previsões localizadas, como demonstrado pelo sistema CorrDiff da Nvidia, que pode fornecer previsões com resolução de até 2 km. O Met Office já prevê o tempo com precisão em áreas de até 100 metros.
Por fim, o papel dos meteorologistas permanece vital. Eles devem interpretar modelos, contextualizar dados e garantir a qualidade da coleta de informações. Dale acredita que a IA é uma ferramenta aliada aos métodos tradicionais, promovendo uma relação simbiótica.