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Como a Malásia aprende a conviver com o tarifaço de Trump e se equilibra entre EUA e China

Guerra comercial entre EUA e China empurra Malásia a repensar sua estratégia econômica, enquanto novas tarifas impactam severamente a indústria local. A nação busca equilibrar seus laços comerciais e desenvolver tecnologias próprias em meio a tensões internacionais.

Empresas chinesas têm usado uma manobra no Sudeste Asiático para contornar tarifas e acessar o mercado americano, abrindo fábricas e investindo bilhões. Isso resultou na prosperidade econômica local.

Porém, o presidente Donald Trump anunciou uma nova tarifa de 40% sobre produtos que passam por terceiros antes de chegar aos EUA, visando combater o transbordo de produtos chineses. Essa política ameaça a economia do Sudeste Asiático, que depende fortemente de materiais chineses.

Um exemplo claro é a Malásia, que se tornou uma grande fabricante de painéis solares. A imposição de tarifas de até 250% pelos EUA sobre equipamentos solares teve um grande impacto, reduzindo o número de fabricantes locais. As autoridades agora buscam repensar seu crescimento econômico.

A Malásia, com a intenção de ser um centro de tecnologia, procura acordos comerciais com o governo Trump. No entanto, enfrentará uma tarifa básica de 19% e uma adicional de 40% sobre produtos de origem chinesa, complicando mais a situação.

O país acredita que as empresas chinesas de energia solar são cruciais para aumentar o uso de energia renovável. Há um estoque grande de equipamentos solares que, devido às tarifas, não podem ser exportados, gerando a necessidade de venda local.

A capacidade da Malásia em atrair investimentos americanos é significativa; mais de 600 empresas americanas investiram no país no último ano. Porém, os investimentos chineses moldaram o setor manufatureiro, aumentando as importações.

A Missão das empresas da Malásia agora é mitigar os efeitos da guerra comercial entre as potências. Há uma preocupação com a concorrência, pois muitas empresas estão fechando ou reduzindo operações. A indústria local encara um futuro incerto, especialmente diante da forte competição das empresas chinesas.

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