Como a melhora da economia da Argentina ajuda o Brasil - e o que esperar daqui em diante
O crescimento das exportações brasileiras para a Argentina alivia a balança comercial do país em meio à guerra comercial com os Estados Unidos. A valorização do peso e a recuperação econômica argentina favorecem a competitividade e impulsionam as vendas, principalmente no setor automobilístico.
Exportações brasileiras para a Argentina crescem 55,4% no primeiro semestre, totalizando US$ 9,120 bilhões, aliviando a balança comercial do Brasil.
A combinação de fatores na Argentina, após a recessão provocada pelo presidente Javier Milei, incluiu um crescimento de 5,8% no PIB no primeiro trimestre e a valorização do câmbio, que torna os produtos importados mais acessíveis.
Entre janeiro e junho, a Argentina foi responsável por 5,5% das exportações brasileiras, destacando-se no setor automotivo. O comércio de veículos cresceu, com 60% das exportações de veículos brasileiras indo para a Argentina - o maior nível desde 2018.
A produção de veículos aumentou para 1,227 milhão de unidades, com 98.850 unidades a mais para exportação. Andrea Serra, da Anfavea, comentou que as exportações são cruciais para a indústria automobilística.
Outros setores, como produtos químicos e alimentícios, também são relevantes nas exportações para a Argentina.
As políticas de Milei, como a desvalorização do peso e acordos com o FMI, têm impactos no setor externo, embora a inflação esteja alta e a competitividade cambial tenha diminuído.
A recuperação da economia argentina é real, mas com desafios, incluindo a escassez de dólares. O governo implementou medidas para incentivar a liberação de dinheiro guardado em casa.
Apesar dos desafios econômicos, a situação atual é mais estável e a expectativa é de que as exportações para a Argentina se mantenham fortes.