Como a TV 3.0 vai mudar a propaganda na telinha
A TV 3.0 promete revolucionar a experiência do telespectador no Brasil, trazendo interatividade e qualidade de imagem superior. No entanto, o sucesso da transição depende da acessibilidade e adoção de novos dispositivos pelos consumidores.
A TV 3.0 está chegando ao Brasil, prometendo transformar a televisão em um grande smartphone.
Essa nova tecnologia pode reverter a perda de verbas publicitárias das emissoras, que caiu de 54,7% em 2019 para 46,5% em janeiro de 2023, conforme dados do Cenp Meios. Enquanto a internet avançou de 19,1% para 36,5% no mesmo período.
Para os espectadores, a TV 3.0 trará:
- Imagem em 4K e potencial para 8K
- Som aprimorado
- Conexão com a banda larga
Essa integração permitirá serviços como:
- Previsão do tempo
- Alertas de desastres naturais
- Compra de produtos pela tela
Marcelo Bechara, da Globo, afirma que a TV 3.0 aumentará a granularidade dos dados de audiência, tornando os anúncios mais assertivos, beneficiando tanto grandes anunciantes quanto novos players regionais.
O CEO do Grupo RBS, Claudio Toigo Filho, destaca que a TV 3.0 combina interatividade do digital com a credibilidade da TV aberta.
O investimento nas emissoras deve crescer, mas somente quando a tecnologia estiver consolidada. O decreto assinado pelo Presidente Lula inicia essa nova fase, com operação prevista para o primeiro semestre de 2026 e prazo de até 15 anos para cobertura total.
O principal desafio será o acesso aos aparelhos compatíveis. Atualmente, há cerca de 90 milhões de TVs no Brasil, mas 60% dos aparelhos Smart não suportam a nova tecnologia. Consumidores precisarão de um conversor estimado em R$ 400.
Novos monitores com TV 3.0 chegarão ao mercado no mesmo patamar dos atuais aparelhos Smart. A dúvida da transição e o prazo para paralelização das transmissões antigas ainda permanecem sem resposta clara do governo.