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Como ameaças de Trump colocaram eleição na Groenlândia sob holofotes

Eleições na Groenlândia podem acelerar o debate sobre a independência em meio ao crescente interesse dos EUA. Candidatos se posicionam sobre a relação com a Dinamarca e o futuro político do território ártico.

Moradores da Groenlândia vão às urnas em uma eleição crucial para o futuro do território ártico.

O interesse do presidente dos EUA, Donald Trump, em comprar a Groenlândia reacendeu o debate sobre seus laços com Copenhague.

A Groenlândia é controlada pela Dinamarca há cerca de 300 anos, mas administra seus próprios assuntos internos. A disputa eleitoral conta com cinco de seis partidos defendendo a independência, cada um propondo diferentes ritmos para o processo.

A votação ocorre por 11 horas em 72 seções eleitorais. O interesse dos EUA foi um impulsionador para os apelos por separação da Dinamarca. Politicos locais criticaram Trump, pedindo respeito, enquanto o debate sobre independência tomou conta da eleição.

O partido do primeiro-ministro, Inuit Ataqatigiit, quer uma transição gradual, enquanto o partido de oposição Naleraq defende uma separação imediata. A economia da Groenlândia é dependente de subsídios dinamarqueses.

Cerca de 80% dos groenlandeses apoiam medidas rumo à soberania plena, mas muitos temem por suas condições de vida e não desejam que a Groenlândia se torne parte dos EUA.

A Lei de Autonomia de 2009 garante o direito à autodeterminação, mas a independência pode levar 10 a 15 anos para se concretizar. Os resultados devem ser divulgados nas primeiras horas desta quarta-feira.

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