Como barulho virou 'assassino silencioso' ligado a diabetes, doenças cardíacas e até demência

Barulho como assassino invisível: Pesquisa revela que a poluição sonora está diretamente associada a problemas de saúde, como ataques cardíacos, diabetes tipo 2 e até demência.

Charlotte Clark, professora da Universidade St. George, alerta que o barulho é uma crise de saúde pública silenciosa, com grande número de pessoas expostas diariamente.

Uma experiência em laboratório mostrou que sons, como o barulho do trânsito em Dhaka, elevam a frequência cardíaca e o estresse, enquanto sons agradáveis, como de crianças brincando, têm efeitos calmantes.

Esses efeitos são resultado de nossa resposta emocional ao som, que ativa a amígdala no cérebro e provoca reações fisiológicas prejudiciais ao longo do tempo.

Coco, residente de Barcelona, relata que o barulho constante em sua vizinhança prejudica sua saúde, resultando em hospitalizações por dor no peito. A pesquisa de Maria Foraster indica que o barulho do trânsito causa anualmente 300 ataques cardíacos em Barcelona.

Na Europa, 12 mil mortes prematuras estão ligadas ao barulho, e níveis elevados de ruído, a partir de 53 decibéis, aumentam esses riscos à saúde. O controle sobre o barulho também é fundamental para diminuir o impacto.

Natalie Mueller defende a criação de superquadras em Barcelona para reduzir o ruído, prevendo que a implementação dessas áreas pode evitar 150 mortes anualmente. Porém, apenas seis foram construídas até agora.

Com a urbanização crescente, cidades como Dhaka enfrentam desafios ainda maiores. Artistas e ambientalistas, como Momina Raman Royal, protestam contra a poluição sonora cada vez mais intensa.

No geral, é essencial reconhecer o barulho como um veneno silencioso que afeta nossa saúde e busca encontrar soluções eficazes para mitigar seus efeitos.