HOME FEEDBACK

Como 'cambistas de bets' movimentam mercado ilegal milionário e oferecem apostas até para menores

CPI investiga mercado clandestino de apostas no Brasil, onde cambistas atraem apostadores com promessas de prêmios elevados. A falta de regulamentação e fiscalização nas redes sociais facilita o crescimento desse setor ilegal, que já movimenta milhões.

Brasil enfrenta desafios com apostas ilegais

O Brasil vive um cenário de apostas ilegais, além do mercado legal de apostas esportivas, movimentando centenas de milhões de reais. Os "cambistas de bets" intermediam apostas de forma clandestina, especialmente para menores de idade e outros indivíduos proibidos de apostar.

Redes sociais como Facebook e Instagram são usadas por cambistas para anunciar serviços, oferecendo prêmios maiores e bônus proibidos. Os grupos clandestinos atraem apostadores com promoções não autorizadas pela nova legislação, que limita bônus de boas-vindas.

Uma pesquisa do Ministério da Justiça de São Paulo revelou que 10,5% dos entrevistados menores de idade apostaram no último ano. Com restrições a casas legalizadas, as apostas clandestinas acabam se tornando a única alternativa para esses jovens.

Desde o início do mercado regulado em janeiro de 2023, as casas de apostas licenciadas movimentaram entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões mensalmente. No entanto, as apostas ilegais registraram R$ 350 milhões em dois meses de 2025.

Preocupação com golpes é crescente, com denúncias de apostadores relatando fraudes. A empresa Idwall apontou que 18% dos apostadores brasileiros já foram vítimas de fraudes em plataformas de apostas.

Influenciadores têm papel crucial na promoção de apostas ilegais, frequentemente engajando públicos em redes sociais. O governo brasileiro busca regular a publicidade de apostas e responsabilizar influenciadores não certificados com multas que podem chegar a R$ 1 milhão.

O governo está ciente do problema e abriu 177 processos contra atividades irregulares até agora, além de ter encerrado cerca de 11 mil sites clandestinos. Medidas mais rigorosas estão sendo propostas para combater esse cenário.

Leia mais em globo