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Como cláusula pode mudar tudo para a Casas Bahia (BHIA3) — e fazer ação disparar

Casas Bahia pode reverter crises financeiras com conversão de dívida em ações, segundo analistas. Esse movimento pode reduzir o endividamento e possibilitar a recuperação a partir de 2027, mas traz riscos de diluição acionária para os investidores atuais.

A Casas Bahia (BHIA3) pode surpreender o mercado através de uma cláusula contratual que permite a conversão de parte de sua dívida em ações, entre outubro de 2023 e abril de 2027.

Essa medida pode reduzir o endividamento e a alavancagem financeira para menos de 1,0x até o fim de 2026. A análise é da Genial Investimentos.

Com isso, a empresa pode atingir o ponto de equilíbrio em 2027 e começar a gerar caixa livre a partir de 2028. Nessa projeção otimista, a ação poderia chegar a R$ 7,50, representando uma valorização de 84% em relação ao preço atual.

A companhia enfrenta um momento crítico, mas analistas da Genial consideram essa cláusula de conversão como uma possível solução. Eles utilizaram um modelo de Monte Carlo, analisando mais de 10 mil cenários para as ações da empresa.

A cláusula prevê conversão a 80% da média dos preços das ações nos 90 dias anteriores à conversão. Para os credores, como Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), essa troca serve como proteção patrimonial.

Se a conversão ocorrer, a alavancagem da empresa pode cair para menos de 1,0 até o fim de 2026, permitindo uma recuperação em 2027.

No entanto, a Genial alerta que a diluição para os acionistas atuais pode chegar a 82%, afetando a influência da família Klein, que possui cerca de 22% das ações.

A situação da Casas Bahia se deteriora desde 2021, com ações trabalhistas e dificuldades financeiras, levando a prejuízos consecutivos. Em 2023, a companhia buscou uma recuperação extrajudicial para renegociar dívidas, mas a confiança ainda é frágil.

A possível entrada dos bancos no capital da empresa levanta questões estratégicas. Se não participarem da oferta subsequente, o equilíbrio de poder entre os investidores pode mudar.

A simulação da Genial apresenta uma alternativa, mas reconhece limitações ao considerar a volatilidade do passado e fatores externos imprevisíveis. Não há garantias sobre a liquidez das ações recebidas.

Em resposta, a Genial elevou a recomendação de venda para manutenção, fixando o preço-alvo em R$ 4. Essa análise vê a recuperação como uma possibilidade remota, mas deve ser considerada uma oportunidade a ser avaliada.

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