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Como condenação de Marine Le Pen abala a direita radical francesa

Marine Le Pen é condenada por desvio de fundos da UE e enfrenta inelegibilidade por cinco anos. A decisão judicial levanta questões sobre o futuro de sua carreira política e o impacto no apoio ao seu partido.

Marine Le Pen deixou o tribunal de Paris, na manhã de segunda-feira (31/03), após ser impedida de concorrer a cargos públicos por cinco anos devido ao desvio de fundos da UE.

Antes de receber todos os detalhes da sentença, a líder da Assembleia Nacional já sabia que a decisão era imediata. Sua inelegibilidade se tornou uma barreira real à sua candidatura à Presidência da França em 2027.

Além da inelegibilidade, Le Pen enfrenta uma pena de prisão de quatro anos, com dois anos suspensos, aguardando recurso.

Embora muitos acreditassem que a sanção não aconteceria, o juiz decidiu que a lei deveria ser cumprida. Isto, após endurecimento das regras contra uso indevido de fundos públicos.

Após a decisão, o partido de Le Pen, Reunião Nacional, confrontou um dilema: continuar acreditando em sua candidatura ou nomear Jordan Bardella como possível substituto?

Le Pen fez uma aparição na TV, defendendo sua posição e denunciando a decisão como uma “violação do estado de direito”. Ela prometeu lutar por um julgamento rápido de apelação para limpar seu nome antes das eleições.

Apesar das dificuldades, o cenário imediato pode favorecer o Reunião Nacional, uma vez que sua punição é vista por apoiadores como uma prova de luta contra o "sistema". Contudo, sua popularidade e o papel de Bardella como possível sucessor seguem sendo questões incertas.

Le Pen continua como membro da Assembleia Nacional, liderando um bloco de 125 parlamentares. Entretanto, mudanças na dinâmica política podem ocorrer, influenciando sua relação com outros partidos.

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