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Como empresas dos EUA estão recuando em políticas de diversidade e inclusão

Empresas americanas, como Walmart e Meta, estão suavizando suas declarações sobre diversidade, equidade e inclusão em resposta a mudanças políticas e pressões legais. A análise mostra que o foco em DEI caiu drasticamente entre as empresas do S&P 500 desde seu auge em 2022.

Empresas importantes, como Walmart e Meta, reduziram suas metas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) nos últimos meses, de acordo com uma análise do New York Times.

Esse recuo é observado em todo o setor corporativo dos EUA, afetando tanto a tecnologia quanto setores como medicamentos e entretenimento.

Em 2024, o uso da expressão "diversidade, equidade e inclusão" em registros do S&P 500 caiu quase 60%. Das 381 empresas que apresentaram balanços, 297 (68%) mantêm discussões sobre DEI, mas mudaram a linguagem, removendo termos como “equidade”.

A mudança de postura pode ser atribuída a um cenário de pressão política crescente após eventos, como o assassinato de George Floyd. Em 2022, mais de 90% das empresas do S&P 500 tinham se manifestado sobre DEI.

No entanto, a pressão social começou a se reverter em 2024, com tentativas de restrição à DEI em universidades e uma decisão da Suprema Corte que afetou admissões universitárias. Sinais de reação também vieram do governo Trump, que criticou programas de DEI no setor privado.

Advogados afirmam que, embora algumas empresas mantenham referências a DEI, a linguagem tem se tornado mais vaga devido ao medo de investigações governamentais. Jon Solorzano, da Vinson & Elkins, aponta que descrever metas DEI em documentos públicos é visto como arriscado.

Ainda assim, empresas como Delta Air Lines e Arthur J. Gallagher & Co. mantiveram o compromisso com a linguagem DEI. No entanto, muitos advogados acreditam que as empresas estão se afastando desse foco, seguindo tendências superficiais.

Executivos perceberam a dificuldade de alcançar metas de DEI definidas durante a administração Biden, levando a um reexame dessas expectativas. Para alguns defensores de DEI, essa reversão evidencia a superficialidade dos compromissos iniciais das empresas.

A análise do New York Times abrangeu 25 mil documentos, usando métodos avançados para identificar discussões sobre DEI nos registros financeiros das empresas do S&P 500.

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