Como entender o racional por trás das tarifas de Donald Trump
Stephen Miran, novo presidente do Conselho Econômico da Casa Branca, defende que as tarifas impostas por Trump são parte de uma estratégia para redefinir o comércio global como questão de segurança nacional. A proposta visa criar um novo arcabouço econômico mundial e neutralizar a manipulação comercial, especialmente por parte da China.
Polêmicas Tarifárias de Trump: Racional ou Insensatez?
O presidente dos EUA tem causado controvérsia com sua decisão de aumentar tarifas e emitir decretos. No entanto, essas ações não são impulsivas, segundo Stephen Miran, indicado presidente do Conselho Econômico da Casa Branca.
No artigo “Um guia do usuário para reestruturar o sistema global de comércio”, Miran apresenta sua visão, alinhada com os atos do presidente:
- Comércio como Segurança Nacional: As relações comerciais estão ligadas à segurança dos EUA, devendo respeitar questões institucionais.
- Desvalorização do Câmbio Chinês: O yuan foi desvalorizado por mais de uma década, impactando negativamente a indústria norte-americana.
- Barreiras Comerciais: O déficit comercial dos EUA é afetado por barreiras regulatórias impostas por outros países, como a Europa e o Canadá.
Miran sugere que as tarifas sejam uma forma de criar um novo acordo econômico global, semelhante ao Bretton Woods. Ele acredita que a manipulação cambial por países como a China e as barreiras comerciais da Europa ameaçam o papel dos EUA no mundo.
O foco de Miran é usar o dólar como moeda de reserva e a segurança militar dos EUA como alavancas para um novo pacto comercial. O fortalecimento da economia norte-americana e a neutralização das manipulações comerciais seriam os objetivos primordiais.
A autora do texto também menciona que as tarifas atualmente são uma estratégia para reduzir a reexportação, onde produtos chineses são redirecionados para os EUA através de outros países, evitando tarifas.
Embora o plano de Trump possa ser arriscado, ele se distancia de um “rompante populista” e representa um esforço para assegurar a posição dos EUA no cenário global em um período de erosão de sua influência.
A estratégia é ousada e pode gerar consequências variadas. O futuro dirá se essa abordagem se mostrará certeira ou desastrosa.