Como escritórios vazios estão sendo transformados em fazendas urbanas

A Torre de Calgary, com 190 metros de altura, localizada na província de Alberta, no Canadá, abriga desde 1967 um deque de observação, restaurantes e lojas. Recentemente, tornou-se a casa de uma fazenda urbana de 6.000 m², cultivando espécies como morangos e pepinos.

Esse fenômeno de agricultura vertical tem se espalhado globalmente, especialmente no Japão, Singapura e Dubai, como uma solução para o cultivo em ambientes urbanos, utilizando técnicas hidropônicas e aeropônicas. A pandemia de Covid-19 impulsionou essa busca por soluções locais, levando a um investimento recorde de US$ 6 bilhões em agricultura vertical em 2021.

Após a pandemia, empresas enfrentaram dificuldades financeiras, questionando se a "bolha da agricultura vertical" havia estourado. No entanto, a transformação de espaços de escritório vazios em fazendas urbanas surge como uma solução viável, especialmente em países como os EUA e Canadá, com altos índices de desocupação.

Um exemplo é a transformação do edifício Niels Esperson em Houston. Além disso, a start-up 80 Acres inaugurou uma fazenda urbana em um edifício vazio em Ohio. A conversão em fazendas pode ser mais simples do que transformar em residências, devido ao layout amplo dos escritórios.

A Agriplay Ventures, responsável pelo projeto na Torre de Calgary, utiliza tecnologia modular que se adapta facilmente aos espaços, permitindo diferentes usos a longo prazo. Fazendas urbanas oferecem vantagens como a proximidade ao consumidor e menor impacto ambiental, reduzindo custos de transporte.

No entanto, o alto consumo de energia e a dificuldade em cultivar alimentos básicos em ambientes internos são desafios constantes. Mesmo assim, a tendência de transformar espaços não utilizados em fazendas urbanas pode oferecer uma solução inovadora para o crescimento econômico nas cidades.